A saúde do Rio Grande do Norte vai parar no dia 11 de julho. Cerca de 400 servidores reunidos no dia 20 de junho decidiram pela paralisação, após a falta de respostas do governo. “Entregamos a nossa pauta de reivindicações no dia 22 de maio, apresentamos detalhadamente na mesa de negociação, mas até agora, o governo sequer conseguiu nos receber. Uma negociação estava marcada para hoje às 15h, mas foi desmarcada por causa fim do expediente, por causa do jogo do Brasil”, comenta Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde e funcionária do Walfredo Gurgel.
A
assembleia do dia 20 foi a segunda da campanha salarial. Na ocasião, foi aprovada ainda uma passeata até a governadoria no dia 11 e nova assembleia no dia 25 de julho, que discutirá um indicativo de greve.
“A defesa da saúde pública começa com o respeito aos servidores. O próprio secretário reconhece que nossos salários não são dignos. Então por que tanto descaso com as negociações?”, questiona Rosália.
“Veja o exemplo dos trabalhadores do Detran estão aí, há 45 dias em greve e o governo não negocia e ainda corta o ponto”, destaca.
Nesta terça, as centrais, incluindo a CSP-Conlutas, a qual o Sindsaúde é filiado, convocaram um dia nacional de greve no país, para 11 de julho, mesmo dia da paralisação da Saúde. Na manhã de hoje, os servidores da Administração Indireta, como a Emater e Detran, também decidiram parar no dia 11. Com isso, a data caminha para se tornar uma greve geral no estado.
Reivindicações
Entre os principais pontos da pauta estão: isonomia salarial com servidores do SUS no RN e o cumprimento da Lei 333, do PCCR, garantindo a aplicação do internível de 3% em todas as tabelas salariais. "Hoje o salário-base inicial do servidor da saúde na tabela é menor do que o salário mínimo. Na maioria das funções, o salário do servidor da saúde é cerca de metade do que recebem outros servidores da saúde, na mesma função. Ficamos para trás", diz Simone Dutra, coordenadora geral do Sindsaúde-RN.
Os servidores da saúde exigem também a antecipação dos 25% de incorporação da Jornada Especial e da GAE de fevereiro de 2014 para novembro de 2013; o estabelecimento de uma data-base para reajuste salarial; e a retirada dos servidores do prédio da SESAP até que seja feita reforma das instalações, entre outras reivindicações.
A campanha salarial vai defender a convocação dos concursados e o não fechamento das pediatrias, como a do Hospital Santa Catarina, e a defesa dos hospitais regionais.
FONTE: http://www.sindsaudern.org.br/site2012/noticias.php?id=347